Paranaíba

Santana do Paranaíba – vista do Largo da Matriz, atual Praça da República. Ao fundo, a Igreja do Rosário. O descampado do largo servia de pastoreio às boiadas que seguiam para Uberaba-MG ou Barretos-SP. Foto tirada do piso superior da antiga sede da Prefeitura, oferecida ao Tenente Ideolfonso de Lima por Affonso de Lamare, em 20 de fevereiro de 1922.

O surgimento da cidade de Paranaíba é obra das diversas famílias que transpuseram os limites de São Paulo e Minas Gerais com o objetivo de fixarem-se na região dos vastos campos do sertão mato-grossense. Lideradas pelo capitão José Garcia Leal, as primeiras explorações naquele território ocorreram em julho de 1829, e a partir daí os pioneiros começaram a marcar posses e fazendas próximo aos rios que banham a costa leste de Mato Grosso do Sul, desde o Paranaíba até o alto do Sucuriú.

Segundo uma nota do dr. Mario Monteiro de Almeida, no tomo XI e XII da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso,

“Os Garcias[1] foram induzidos a organizar bandeiras de descobrimento de terras, a fazer posses e montar fazendas nas terras mato-grossenses de Sant’Anna pelas informações que lhes prestaram índios caiapós, descrevendo, talvez com o exagero indígena costumeiro, a propriedade ali das terras de Mato Grosso, para exploração agrícola. Os Garcias entraram em contato com troços de índios caiapós na própria zona de sua posse ‘Monte Alto’, em Minas (…)”

            A primeira posse fundada pelo capitão José Garcia Leal nos campos de Mato Grosso foi a posse dos “Coqueiros”, localizada às margens do rio Santana, afluente do Paranaíba.

Devido ao enorme fluxo de imigrantes que vinham para a região, tornou-se necessária a fundação de um povoado que serviria como ponto de apoio às famílias e exploradores que chegavam. Este novo arraial começou a ser levantado entre 1833 e 1834, em terreno doado por João Alves dos Santos. Estima-se que, em 1836, havia aproximadamente 30 casas, e provavelmente algum depósito de um incipiente comercio, localizados no largo da Igreja do Rosário, erguida em 1835.

É fato que, nove anos após as primeiras entradas, o Sertão dos Garcias estava amplamente ocupado por mineiros, paulistas, goianos, índios e escravos; tendo na figura do capitão José Garcia Leal o seu principal líder político. Assim, por ato da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, em 19 de abril de 1838, o arraial de Sant’Anna do Paranahyba elevado à categoria de freguesia, dotada de um pároco: o padre Francisco de Sales Souza Fleury.

Com a multiplicação do número de habitantes nas fazendas e no povoado, e também com a intensificação do comércio com as províncias vizinhas, a Freguesia torna-se ponto de passagem obrigatório a quem cruzava o sertão mato-grossense em direção a Cuiabá. Daí que, em 04 de julho de 1857, Sant’Anna do Paranahyba era elevada à categoria de Vila (município), adquirindo maior autonomia administrativa, e consequentemente maior protagonismo na Província de Mato Grosso.


Atos político-administrativos

Distrito criado com a denominação de Santana do Paranaíba, pela lei provincial nº 4, de 19-04-1835.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Santana do Paranaíba, pela lei estadual nº 5, de 04-07-1857. Instalado em 07-01-1859.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Santana do Paranaíba, pela lei estadual nº 79, de 13-07-1894.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933.

Em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, o município apareceu constituído de 6 distritos: Santana do Paranaíba, Aparecida do Taboado, Baús, Bauzinho, Rio Aporé, São Pedro e Senhor Bom Jesus dos Passos.

Pelo decreto-lei estadual nº 208, de 26-10-1938, o município de Santana do Paranaíba passou a chamar-se simplesmente PARANAÍBA. Sob o mesmo decreto, é extinto o distrito de Bauzinho, sendo seu território anexado ao distrito de Capela, que pertencia ao município de JataÍ, do estado de Goiás.

Pelo decreto-lei estadual nº 145, de 29-03-1938, o distrito de Baús passou a chamar-se Capela e o distrito de Senhor Bom Jesus dos Passos a denominar-se São Bom Jesus dos Passos.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Paranaíba, Aparecida do Taboado, Capela (ex-Baús) e São Pedro.

Pelo decreto estadual nº 545, de 31-12-1943, o distrito de Capela volta a chamar-se Baús e o distrito de São Pedro a denominar-se Inocência.


Pela lei estadual nº 130, de 28-09-1948, desmembra do município de Paranaíba o distrito de Aparecida do Taboado. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 153, de 12-10-1948, é criado o distrito de Paraíso e anexado ao município de Paranaíba.

Pela lei estadual nº 154, de 12-10-1948, é criado o distrito de Cassilândia (ex-povoado), e anexado ao município de Parnaíba.

Em divisão territorial datada de 1-07-1950, o município é constituído de 5 distritos: Paranaíba, Baús (ex-Capela), Cassilândia, Inocência (ex-São Pedro) e Paraíso.

Pela lei estadual nº 368, de 30-06-1954, desmembra do município de Paranaíba o distrito de Cassilândia. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o município é constituído de 3 distritos: Parnaíba, Baús, Inocência e Paraíso.

Pela lei estadual nº 1204, de 27-12-1955, o distrito de Baús deixa de pertencer ao município de Paranaíba para ser anexado ao município de Cassilândia.

Pela lei estadual nº 1129, de 17-11-1958, desmembra do município de Paranaíba o distrito de Inocência. Elevado à categoria de município.


Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o município é constituído de 2 distritos: Paranaíba e Paraíso.

Pela lei estadual nº 2062, de 14-11-1963, é criado o distrito de Velhacaria e anexado ao município de Parnaíba.

Pela lei estadual n º 2068, de 14-12-1963, é criado o distrito de Nova Jales e anexado ao município de Paranaíba.

Pela lei estadual n º 2075, de 14-12-1963, é criado o distrito de Cachoeira e anexado ao município de Paranaíba.

Pela lei estadual n º 2081, de 14-12-1963, é criado o distrito de Tamandaré e anexado ao município de Paranaíba.

Pela lei estadual n º 2082, de 14-12-1963, é criado o distrito de Indaiá Grande e anexado ao município de Paranaíba.

Pela lei estadual n º 2083, de 14-12-1963, é criado o distrito de Árvore Grande e anexado ao município de Paranaíba. 

Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 8 distritos: Paranaíba, Árvore Grande, Cachoeira, Indaiá Grande, Nova Jales, Paraíso, Tamandaré e Velhacaria.

Pela lei estadual n º 2151, de 16-04-1964, é criado o distrito de São João do Aporé, e anexado ao município de Paranaíba.

Em divisão territorial datada de 1-1-1979, o município é constituído de 9 distritos: Paranaíba, Árvore Grande, Cachoeira, Indaiá Grande, Nova Jales, Paraíso, São João do Aporé, Tamandaré e Velhacaria. 

Pela lei estadual n º 76, de 12-05-1980, o distrito de Paraíso deixa de pertencer ao município de Paranaíba para ser anexado ao novo município de Costa Rica.

Em divisão territorial datada de 1-07-1983, o município é constituído de 8 distritos: Paranaíba, Árvore Grande, Cachoeira, Indaiá Grande, Nova Jales, São João do Aporé, Tamandaré e Velhacaria.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988.

Em divisão territorial datada de 1995, o município aparece constituído de 7 distritos: Paranaíba, Árvore Grande, Cachoeira, Nova Jales, São João do Aporé, Tamandaré e Velhacaria. Não figurando o distrito de Indaiá Grande. 

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003.

Em divisão territorial datada de 2003, o município aparece constituído de 6 distritos: Paranaíba, Alto Santana, Raimundo, São João do Aporé, Tamandaré e Velhacaria.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.


Intendentes e Prefeitos

Intendentes – 1908 a 1934

  • Izaias da Silva Borges
  • João Batista Gomes
  • Belarmino Marques Malta
  • Exupério Nunes Pereira
  • Coronel João Pereira Dias
  • Dr. Antônio Vinícius Dantas Coelho
  • Major Francisco Faustino Dias
  • Antônio Faustino Dias
  • Theódulo Mendes Malheiros
  • Capitão Martinho da Palma Oliveira

Prefeitos Nomeados

  • 1934 a 1935 – Wladislau Garcia Gomes
  • 1935 a 1937 – Cap. Martinho da Palma Oliveira
  • 1937 a 1939 – José Rodrigues Ferraz
  • 1939 a 1946 – Wladislau Garcia Gomes
  • 1946 a 1947 – Jovino Garcia Leal

Prefeitos Eleitos

  • 1948 a 1951 – Edú Queiroz Neves
  • 1951 a 1952 – Manoel Garcia Leal
  • 1952 a 1955 – Christóvam Pereira dos Santos
  • 1955 a 1958 – Gustavo Rodrigues da Silva
  • 1959 a 1963 – Jovino Garcia Leal
  • 1963 a 1967 – Autogamis Rodrigues da Silva
  • 1967 a 1970 – Ozires Vieira de Souza
  • 1970 a 1973 – Antônio Augusto Correia da Costa
  • 1973 a 1977 – Ozires Vieira de Souza
  • 1977 a 1983 – Valderes Grande
  • 1983 a 1988 – Wilson Roberto Mariano de Oliveira
  • 1989 a 1992 – Daladier Agi
  • 1993 a 1996 – Moacir da Silveira Queiroz
  • 1997 a 2000 | 2001 a 2004 – Diogo Robalinho de Queiroz (Tita)
  • 2005 a 2008 – Manoel Roberto Ovídio
  • 2009 a 2012 – José Garcia de Freitas (Braquiara)
  • 2013 a 2016 – Diogo Robalinho de Queiroz (Tita)
  • 2017 a 2020 – Ronaldo José Severino de Lima