Natureza é Poesia, Saúde e Vida
Sempre que procuro algo em meu baú de lembranças, encontro escritos de muitos anos passados que são assuntos de fatos que dão exemplos do momento atual.
Até pouco tempo o Homem imaginava que a terra fosse um paraíso sem limites, por isso para satisfazer suas necessidades, dominou a natureza e colocou-a a seu serviço. Visando nas pequenas coisas o chamado PROGRESSO , foi aos poucos arrasando com as matas, poluindo os rios e exterminando aves e animais. Pelo trabalho que ele próprio criou, organizou e vem multiplicando com o produto de suas atividades, acabou prejudicando o meio ambiente.
“O mundo não é só o Homem,
É também o meio ambiente e a Natureza”
Assim escreveu MONTEIRO LOBATO.
Em julho de 1843, Gonçalves Dias retratou nossa Pátria em CANÇÃO DO EXÍLIO, uma de suas mais notáveis poesias bucólicas. Foi traduzida em versos, a saudade que vislumbrava os campos verdejantes, as aves e os animais que deram vida a sua célebre obra. Tão célebre que a própria letra do HINO NACIONAL, reproduz a segunda estrofe, com pequena variação.
Quais os poetas que não cantaram em prosa e versos os adornos, ou CANITAR, o nome do penacho ou cocar usado pelos guerreiros da raça tupi? Quem no século passado, conheceu a Fauna de seu País, jamais supunha que tais espécies pudessem desaparecer para sempre?
Quando nos meados de 1865, Castro Alves, no seu poema A QUEIMADA – já previa o futuro:
“A queimada! A queimada é uma fornalha
A irara – pula… O cascavel – chocalha…
Raiva, espuma o tapir!
E ás vezes sobre o cume de um rochedo
A corça e o tigre… náufragos do medo
Vão trêmulos se unir!
Então passa-se ali um drama augusto…
N’ultimo ramo do pau d’arco adusto
O jaguar se abrigou…
Mais rubro é o céu… Recresce o fogo em mares…
E após… tombam as selvas seculares..
E tudo se acabou…”
Portanto vamos juntos preservar o que temos de mais precioso, isto é, o RIO SANTANA e seus afluentes, pois dele é que fazem a captação e tratamento das águas, para o abastecimento da cidade.
Sejam vocês: crianças, jovens e adultos, vamos colaborar e conscientizar nossos semelhantes a não poluírem o Rio Santana e seus afluentes com: lixos, detritos, garrafas, embalagens plásticas, restos de vacinas e inseticidas, que provocam na maioria das vezes, graves doenças e a morte irremediável do fluxo d’agua.
EM TEMPO … ( Dizem que as propriedades rurais a margem do Rio Santana, servem a certos proprietários de desova de certos acidentes, tais como: animais mortos, como: bois, cobras, porcos e outros… Se isto acontece, eles ainda não se conscientizaram que vão beber esta água cá na cidade… Incrível ACREDITAR).
Flora Fonseca